sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Selênio e o câncer

O selênio é um elemento traço essencial para a saúde humana. Dentre suas principais funções destacam-se: ação antioxidante, proteção contra ação nociva de metais pesados e xenobióticos, prevenção de doenças crônicas não-transmissíveis, elevação da resistência no sistema imunológico e sua ação como catalisador na produção de hormônio tireoidiano ativo (triiodotironina - T3).

Este mineral está entre os micronutrientes mais potentes como agente antioxidante no organismo. Pacientes gravemente doentes que apresentam baixos níveis de selênio no sangue apresentam prognóstico negativo, pois se relaciona com o aumento do estresse oxidativo e predisposição à falência de órgãos.
A recomendação da ingestão diária de selênio é de 55 µg para adultos saudáveis a partir de 19 anos de idade. Uma de suas principais fontes alimentares é a castanha do Pará.


Castanha-do-Pará, principal fonte de selênio
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4mVdmuU0BFyXVN3Pg388A6dpeH8TN9HKCUYqECdEdAVdqbe-9kgkBsZNPVosnMVyvRfMNTm94KNTMV_-XHfj_svlPT6kWVU4DfhlJGY3BMFVoShYYBkRSGgugcjsZs89saoHdGOQoedd8/s1600/castanha-para.jpg

Estudos epidemiológicos observaram que a maior ingestão de selênio está relacionada com menor incidência de câncer de tireóide, pele, mama, ovário, próstata e trato gastrintestinal, especialmente colorretal. Estima-se que o consumo de 200 µg/dia de selênio tenha ação preventiva contra o câncer.
K Ezzedine e colaboradores dermatologistas da Universidade de Bordeaux investigaram o potencial efeito residual da suplementação de antioxidantes sobre a incidência de câncer de pele depois de 8 anos após a ingestão de vitaminas e selênio.Esse estudo foi duplo-cego, controlado por placebo, randomizado, realizado com 12.741 adultos (7713 mulheres com idade entre 35 a 60 anos e 5.028 homens com idade entre 45 a 60 anos) receberam diariamente um placebo ou uma combinação de vitamina C ácido ascórbico (120 mg), vitamina E (30 mg), beta-caroteno (6mg), selênio (100mug) e zinco (20mg), durante 8 anos. Durante o período de suplementação e posteriormente apos a intervenção, surgiram nessa população 10 melanomas em mulheres e em 9 homens (26 e 18, respectivamente, para o período total da suplementação(8 anos) mais pós-suplementação (5 anos). Seis carcinomas de células escamosas foram encontrados em mulheres e 15 homens (10 e 25, respectivamente, para o período total). Alem disso 40 carcinomas basocelulares apareceram nas mulheres e 36 homens (98 e 94, respectivamente, para o período total). Sobre o potencial efeito residual ou atraso de suplementação em mulheres, nenhum risco aumentado de melanoma foi observada durante no período do seguimento pós ingestão de vitamninas. Nenhum efeito retardado quer por melanoma ou não-melanoma, câncer de pele, foram observados para ambos os sexos. O risco de câncer de pele associada à ingestão de antioxidantes diminui após a interrupção da suplementação. Esse fato permite admitir um papel causal para as substâncias antioxidantes na evolução do câncer de pele.

Fonte: http://ram.uol.com.br/materia.asp?id=1473

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