quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Teste detecta se rim transplantado sofrerá rejeição

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Pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) descobriram que é possível identificar, por meio de um exame de urina, a predisposição de pacientes transplantados renais a desenvolver fibrose no enxerto.
A fibrose é um processo natural de cicatrização do organismo que ocorre em reação a uma lesão ou trauma, e é o principal fator que pode levar à rejeição crônica e à perda dos rins transplantados. Ao detectarem fatores que darão origem à fibrose, os médicos podem tentar tratamentos para evitá-la.
Uma das pesquisas do grupo da Unifesp avaliou 92 pacientes transplantados renais e mostrou que praticamente a metade deles apresentou índice elevado de RBP (Retinol Binding Protein) na urina, uma proteína que indica se a pessoa tem predisposição à fibrose. Análises posteriores indicaram que muitos desses pacientes apresentaram rejeição crônica.
Um outro estudo randomizado, ainda em andamento, observou que é possível tratar esses pacientes antes que ocorra a fibrose e a perda do rim transplantado, afirma Álvaro Pacheco e Silva Filho, professor de nefrologia na Unifesp e coordenador do laboratório de imunologia clínica e experimental.
"Seguimos dois grupos durante um ano. Naquele em que modificamos a medicação, conseguimos melhorar o nível da proteína e a função dos rins. No outro, em que a medicação não foi modificada, a função dos rins piorou e o marcador [RBP] continuou alto", diz.
Hoje, só é possível identificar a ocorrência da fibrose por meio da biopsia, que é feita quando o órgão já está com a função comprometida, com poucas chances de cura e risco elevado de perda do rim.
"Não adianta detectar o problema e não conseguir resolvê-lo. Agora podemos saber precocemente a chance de o órgão apresentar fibrose e modificar isso", explica Silva Filho, da Unifesp. (CC)


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2611200903.htm

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